terça-feira, 30 de julho de 2013

Opinião: Instinto Maternal??!!!

Eu não concordo com a expressão "Instinto maternal" e já vou explicar o porquê:

Outro dia eu estava zapeando pelos canais de TV e parei em um noticiário onde uma repórter dizia que uma menina de 12 anos de idade havia tido um bebê. Continuando a reportagem, ela disse que a garota estava fora de perigo e o bebê nascera saudável, nada demais até aqui. Foi quando a criatura disse que conversou com a garota e que "ela estava muito animada com o nascimento do filho" e que "uma mãe nasce quando nasce um filho" e o âncora ainda completou "é o instinto maternal, que coisa linda".

Agora vamos aos fatos:
  1. A criança acabou de ter o bebê, ou seja, nada de trocar fraldas, nada de peito ferido, nada de acordar a noite toda, nada de não poder estar com as amigas, ou seja, nada de responsabilidades ainda;
  2. É óbvio que quando uma criança nasce, nasce também uma mãe, afinal de contas o bebê não foi trazido pela cegonha, o que não faz dela, ainda, uma boa mãe.
  3. Imagina, para uma menina de doze anos ter um filho. Ficar animada é quase como ganhar um jogo novo, só que ainda não caiu a ficha de que esse "jogo" é em tempo integral.
Olha, vai me desculpar quem concorda com essa  de instinto materno, mas eu acho muito mais apropriada a expressão Instinto Protetor ou ainda Instinto de Responsabilidade, porque nem toda mãe é uma boa mãe, ou sequer tem responsabilidade com seu filho, além disso, muitas vezes quem assume a responsabilidade de um filho não é a "mãe" e sim o pai, a avó, a tia, a irmã, o irmão. 

O que existe não é o sentimento de uma mulher que deu a luz, o que existe é o sentimento de que uma nova pessoa, incapaz de se defender, está sob os seus cuidados e o amor nasce da vontade de cuidar, de zelar, de fazer o bem por aquela pessoa. Você não ganha a vontade de cuidar de alguém só porque deu a luz a ela, muita gente sente esse desejo muito antes de engravidar ou até mesmo pelo filho dos outros.

Eu tenho um enorme Instinto de Responsabilidade por minha pequena e além disso, muito amor, e não sou a única, meu marido sente o mesmo e não posso atribuir isso ao instinto maternal. Talvez as atitudes sejam diferentes, porque somos diferentes e a mulher é naturalmente mais carinhosa muitas vezes, mas todos sentimos o mesmo desejo de ver a pequena bem, saudável e feliz.

E vocês, o que acham do assunto? Fiquem à vontade para dar sua opinião.

Beijos e boa semana!


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Rapidinha de Marina - Remédio pra quê?

SBP em cima da mesa na hora da faxina. Marina chega e pergunta:

- Mamãe, isso é o quê?
- Remédio de barata, Mari. 
- É pra ela ficar melhor, é? 



Tem como não amar?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Rosa que te quero rosa!

Aqui no nordeste, as férias do meio do ano acontecem durante as festas juninas e por isso faz tanto tempo que não escrevo nada. Parece que o nome férias ficou reverberando em minha mente e nada conseguia sair dela além de querer ficar um tempinho na maior maresia.

Mas eu adoroO este blog e apesar de ter ficado praticamente 2 meses sem escrever, várias coisas aconteceram e eu vou atualizando aos pouquinhos, até voltar ao pique total ou não

Para começar as atualizações desses tempos de ócio tenho que incluir na galeria São João o modelito de Marina para as festinhas do santo. A vovó Conceição, como sempre muito caprichosa, arrasou no look rosa da princesa. Confere:


Linda, né? Então comecei a questionar quando foi que ela começou a amar rosa... Sim, porque hoje em dia até a comida, se puder, tem que ser rosa.

Quando eu estava grávida não queria absolutamente nada rosa, já tinha decidido que o enxoval seria verde e lilás. Lindo!! Mas logo as dificuldades começaram. Eu não achava nada, apenas alguns detalhes com lilás, os demais eram predominantemente rosa ou, no máximo, lilás com rosa. Fiz o que pude e foi dando certo não incluir o tal do rosa no dia a dia da pequena. Mas com o passar do tempo foi ficando cada vez mais difícil a missão de evitar a tal cor.

E aí me dei conta de que o mais difícil de tudo era encontrar brinquedos de cores variadas. Quando fui comprar umas panelinhas para brincar de fazer comidinha queria coloridas, mas só encontrei rosa, quando fui comprar cabaninha só tinha rosa das princesas ou azul do homem-aranha, quando quis o computador infantil só tinha rosa ou do Ben 10, quando eu quis comprar lençóis para a cama nova só tinha rosa ou azul (nada de lilás, amarelo, vermelhinho). 

Sentiu o drama? É isso que encontro na lojas por aqui e ainda pior, qualquer dia trago uma foto das lojas daqui. Imagem da internet.


E aí a menina foi ficando fissurada em rosa a tal ponto de só gostar desta cor e o que eu acho pior nesta história não é o fato de ela gostar de rosa (pode gostar da cor que quiser), é não ter outras opções, só pode ser rosa, porque quase tudo que fabricam para meninas é rosa. Um horror, um horror. 

Eu nem vou entrar na questão da divisão de papéis onde meninos e meninas tem brincadeiras segregadas (talvez em outro post) e também nem vou comentar sobre a falta de opções que temos por aqui, porque mesmo as grandes lojas tem opções extremamente limitadas. Tem jeito da menina amar outra cor desta forma? Sociedade sem escolha é sociedade condicionada. Que pena amigas, trabalho dobrado para explicar que nem tudo na vida é cor de rosa, literalmente. 

Boa semana a todos!


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