domingo, 21 de outubro de 2012

Aconteceu na gravidez - Parte I

Muitas vezes as pessoas não entendem ou não se importam com as necessidades especiais de outros (como gestantes, lactantes, idosos, deficientes físicos) e acham que as leis que dão prioridades a essas pessoas é uma chatice.
O que me traz a comentar este assunto é que outro dia, eu desenterrei umas histórias da minha gravidez e pós-parto para pessoas que não acompanharam essa fase da minha vida e apesar de hoje me fazerem rir, na época me deixaram indignada, triste, com muita raiva ou tudo isso junto. Além disso, uma das ouvites não se conformava com o fato de uma lactante ter prioridade na fila, pois segundo a tal "teoricamente se você está na rua sem o seu filho é porque ele não precisa ser alimentado, logo você não necessita de nenhuma prioridade". 

Essa não foi durante a gravidez, mas faz parte da saga de fazer as pessoas entenderem que você tem, SIM, prioridade.

A história começou assim:

Marina estava com uns dois meses de nascida e eu precisava muito resolver umas coisas no banco. Eu sempre aproveitava a soneca, que não duravam mais de meia hora nesta época para "agiliar meu lado". Fui ao banco, ainda fechado, e aguardei na fila de prioridade, que entrava antes e pegava as primeiras fichas para o atendimento. Vale ressaltar que eu amamentava e essa era exclusivamente a fonte de alimento da baby. Um senhor chegou logo atrás e muito simpático cutucou minhas costas e avisou que a "minha fila era a outra". O que seguiu:

Eu: Essa nãe é a fila de prioridade?
Ele: Sim, para idosos e deficientes físicos.
Eu: Mas também para quem esta amamentando, ou não?
Ele: (Neste momento, nem tão simpático assim) Sim, por acaso você tem um bebê para amamentar menina? 
Eu: Sim, estou com um bebezinho de dois meses em casa me aguardando, pois sou a única fonte de alimento dela e um bebê não pode esperar (ou coisa assim).
Ele: (Mais conformado agora) Ahhhh tá certo!! Aí sim, tem que ficar aqui mesmo minha filha... blábláblá.

O Sr. da fila se conformou, mas o que me deixa perplexa é que "a tal" do comentário lá em cima, ainda assim argumentou que "muitas pessoas agem de má fé e que não há como comprovar que você está amamentando e ninguém tem obrigação de adivinhar". Evidentemente esta pessoa não tem noção do que está falando. Concordo que muitas pessoas são oportunista, mas como assim não há como provar que uma mulher está amamentando? Não acho contrangimento algum você ser questionado(a) - desde que educadamente e com sutileza - sobre algo que não está evidente para as pessoas, é por isso que a educação e o bom senso devem prevalecer sempre. Se tem uma pessoa se sentindo lesada por ter alguém na sua frente na fila ou em algum atendimento, ela também tem o direito de saber o motivo desse alguém estar na fila. Então, seja educado, pergunte, simples assim.

E olha que essa foi só uma de tantas... rsrsrs. Até a próxima.
 


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Cigarro: Poupe o seu filho do seu vício!

Sei que a preocupação primordial, em relação ao cigarro e crianças, é que elas não se envolvam com ele. Mas pensando um pouco e levando em conta também a experiência pessoal, me ocorreu que a influência do tabagismo na vida dos nossos filhos pode começar muito antes do que imaginamos ou desejamos: é o TABAGISMO PASSIVO. Muitos estudos são realizados todos os anos a fim de comprovar como o cigarro no ambiente doméstico é prejudicial à saúde de nossos filhos. 
No estudo realizado por Priestch e colaboradores e publicado no Jornal de Pediatria em 2002 fala sobre o aumento na incidência de doenças respiratórias em crianças com influência de fatores no ambiente doméstico e o tabaco aparece como uma das principais causas. Os pesquisadores chegaram a conclusão de que quanto maior o número de cigarros fumados pelas mães, maior é o risco de ocorrência de doenças  respiratórias graves nas crianças.
Além disso, o tabagismo passivo encontra-se na terceira posição no ranking das causas de morte evitável do mundo e as crianças são especialmente vulneráveis pois respiram mais rápido e, consequentemente, o volume de substâncias tóxicas por volume corporal é muito maior do que em um adulto. Essas substâncias, provenientes da fumaça dos cigarros, aumentam o risco de asma, infecções respiratórias, bronquite, inflamações no ouvido médio, meningite bacteriana, a síndrome da morte súbta infantil e ainda pode diminuir as funções respiratórias em geral provocando tosses constantes e ataques alérgicos. 
Infelizmente, as crianças ainda não possuem o poder de escolher entre ficar em um ambiente cheio de fumaça de cigarro ou não, como os adultos, e por isso dependem exclusivamente do bom senso e responsabilidade dos seus cuidadores (ler mais sobre). Então, faça um favor ao seu filho e poupe-o do seu vício.
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