Muitas vezes as pessoas não entendem ou não se importam com as necessidades especiais de outros (como gestantes, lactantes, idosos, deficientes físicos) e acham que as leis que dão prioridades a essas pessoas é uma chatice.
O que me traz a comentar este assunto é que outro dia, eu desenterrei umas histórias da minha gravidez e pós-parto para pessoas
que não acompanharam essa fase da minha vida e apesar de hoje me fazerem
rir, na época me deixaram indignada, triste, com muita raiva ou tudo
isso junto. Além disso, uma das ouvites não se conformava com o fato de uma lactante ter prioridade na fila, pois segundo a tal "teoricamente se você está na rua sem o seu filho é porque ele não precisa ser alimentado, logo você não necessita de nenhuma prioridade".
Essa não foi durante a gravidez, mas faz parte da saga de fazer as pessoas entenderem que você tem, SIM, prioridade.
A história começou assim:
Marina estava com uns dois meses de nascida e eu precisava muito resolver umas coisas no banco. Eu sempre aproveitava a soneca, que não duravam mais de meia hora nesta época para "agiliar meu lado". Fui ao banco, ainda fechado, e aguardei na fila de prioridade, que entrava antes e pegava as primeiras fichas para o atendimento. Vale ressaltar que eu amamentava e essa era exclusivamente a fonte de alimento da baby. Um senhor chegou logo atrás e muito simpático cutucou minhas costas e avisou que a "minha fila era a outra". O que seguiu:
Eu: Essa nãe é a fila de prioridade?
Ele: Sim, para idosos e deficientes físicos.
Eu: Mas também para quem esta amamentando, ou não?
Ele: (Neste momento, nem tão simpático assim) Sim, por acaso você tem um bebê para amamentar menina?
Eu: Sim, estou com um bebezinho de dois meses em casa me aguardando, pois sou a única fonte de alimento dela e um bebê não pode esperar (ou coisa assim).
Ele: (Mais conformado agora) Ahhhh tá certo!! Aí sim, tem que ficar aqui mesmo minha filha... blábláblá.
O Sr. da fila se conformou, mas o que me deixa perplexa é que "a tal" do comentário lá em cima, ainda assim argumentou que "muitas pessoas agem de má fé e que não há como comprovar que você está amamentando e ninguém tem obrigação de adivinhar". Evidentemente esta pessoa não tem noção do que está falando. Concordo que muitas pessoas são oportunista, mas como assim não há como provar que uma mulher está amamentando? Não acho contrangimento algum você ser questionado(a) - desde que educadamente e com sutileza - sobre algo que não está evidente para as pessoas, é por isso que a educação e o bom senso devem prevalecer sempre. Se tem uma pessoa se sentindo lesada por ter alguém na sua frente na fila ou em algum atendimento, ela também tem o direito de saber o motivo desse alguém estar na fila. Então, seja educado, pergunte, simples assim.
E olha que essa foi só uma de tantas... rsrsrs. Até a próxima.